sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

A delegacia verde - Rio Grande do Sul

Crimes ecológicos que exigem longa investigação serão direcionados para DP

Porto Alegre –Desde 29/11, crimes ambientais recebem maior atenção no Rio Grande do Sul. Sob o comando da delegada Elisangela Melo Reghelin, a primeira Delegacia de Polícia de Proteção ao Meio Ambiente (Dema) abriu as portas na Rua Marquês do Pombal, em Porto Alegre. Ligada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), a unidade deve permitir a elaboração de inquéritos técnicos e especializados no assunto.

Como é de praxe do Deic, os crimes que devem ser encaminhados para a Dema, órgão da Polícia Civil, são aqueles que exigem longa investigação. Ocupações irregulares, aterros sanitários, lixões, resíduos da construção civil e poluição hídrica estão entre os temas a serem investigados. A delegada Elisangela, que foi empossada em 29/11, contou que quem costumava investigar esses casos eram as delegacias distritais e alguns promotores públicos. Com a instalação, todos poderão trabalhar em conjunto e colher melhores resultados.

Para Júlio Almeida, promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente do Ministério Público Estadual, o novo órgão surge para somar forças e aprimorar o trabalho que já estava sendo realizado. Na semana anterior, o próprio Ministério Público deu o primeiro passo em um projeto piloto também para a área ambiental. A Promotoria Regional de Defesa do Meio Ambiente, com sede em Gravataí, deve atuar especialmente nas bacias dos rios do Sinos e Gravataí.

Delegada há 11 anos e também professora da Unisinos, Elisangela se considera uma apaixonada pela causa. Como diretora de ensino da Academia de Polícia, entre 2008 e 2010, trouxe o crime ambiental para a pauta dos alunos e, neste ano, trabalhou em um curso de aperfeiçoamento para policiais civis que rodou o Estado. Para ela, o trabalho em conjunto com entidades da sociedade civil e órgãos públicos como o Instituto Geral de Perícias, a Brigada Militar, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental, a Polícia Federal e o Ministério Público são fundamentais:

– Se queremos ser um país desenvolvido, não podemos apenas construir sem pensar nos impactos. Por isso, a sociedade precisa entender que os crimes ambientais têm gravidade e necessitam ser combatidos – diz a nova delegada.

Fonte: O Pioneiro


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