sábado, 26 de novembro de 2011

Moradores protestam contra maus-tratos a animais

Cães e gatos estariam sendo abandonados por agropecuária em Porto Alegre

Dezenas de pessoas protestam contra supostos maus-tratos a animais na Capital
Crédito: Bruno Alencastro
O abandono de uma caixa com filhotes de cães e gatos à beira de uma avenida no bairro Belém Velho, em Porto Alegre, foi flagrado pela comunidade e motivou protesto neste sábado. A manifestação aconteceu na frente da agropecuária, que é suspeita de cobrar dinheiro para mediar a adoção dos bichinhos e, longe do olhar das pessoas, abandoná-los em locais ermos da zona Sul da Capital.

A caixa, mais tarde encontrada por clientes que suspeitaram do problema, estava fechada e lacrada com fita crepe. Os filhotes nem sequer tinham frestas para renovação do ar que respiravam. Eles foram resgatados e encaminhados para adoção sob termos de responsabilidade em uma empresa assistida por ONGs.

O fato ocorreu na semana passada. Comoveu os moradores do bairro Cavalhada e revoltou integrantes dos movimentos protetores dos animais de toda a Capital. Dezenas de pessoas levaram faixas, cartazes e caixas de papelão com bichos de pelúcia para a frente da loja, que não abriu neste sábado, para simbolizar o abandono.

“Bicho não é lixo”, defendeu a militante Carolina Martins, 26 anos. Segundo ela, a articulação do movimento foi feita em sites de relacionamento. Noeli Soares, 63 anos, ficou sabendo e resolveu aderir ao protesto. “Mexeu com os animais, mexeu comigo”, garantiu a dona de casa.

A manifestação foi pacífica. Uma guarnição da Brigada Militar acompanhou o protesto e isolou a fachada da loja para impedir eventuais altercações.

A corretora de seguros Ana Lúcia Cortez, 30 anos, também soube do manifesto pela internet e compareceu. “Paguei R$ 50 para eles ajudarem a achar um lar para minha gatinha. Não pude continuar com ela, pois meu filho sofreu com alergias. No outro dia, a gata, já adulta, tinha sumido da vitrine, mas eles se recusaram a dar detalhes sobre a adoção”, disse, preocupada.

A reportagem do Correio do Povo tentou contato com os proprietários da agropecuária, tanto no local quanto por telefone, e não foi atendida. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, pelo Ministério Público Estadual e pela Secretaria Especial dos Direitos Animais da Prefeitura.

Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=364857
Fonte: Luiz Sérgio Dibe / Correio do Povo

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