sábado, 12 de maio de 2012

Unidade da FASC na Restinga é modelo de cuidados com animais


Fernanda Ludke Nardi é psicóloga da unidade CREAS Restinga/ Extremo Sul da FASC e protetora de animais fora e dentro do ambiente de trabalho. Ela e alguns colegas são responsáveis por seis SRDs abrigados na instituição e ainda cuidam de outros três cães “visitantes”. A solidariedade é praticada em conjunto com professores da EMEF Professor Larry José Robeiro Alves. Inclusive foi uma delas, Marilise Ferreira, quem construiu o canil para os mascotes. Ela também adaptou seu "fusquinha" para carregar animais, comida e água.

Fernanda Nardi cuida dos animais da FASC, além dos 14 que têm em casa

Todos eles foram recolhidos da rua com risco de morte, encaminhados para atendimento veterinário, curados e, hoje, agradecem essas pessoas do bem com carinho e atenção. “Toda a despesa é por nossa conta, desde a esterilização, medicamentos, casinhas e utensílios e alimentação. Além deles, tenho outros 14 animais em casa e não me arrependo. Cada centavo aplicado vale a pena”, reconhece a psicóloga.
 
  

A professora municipal Marilise Ferreira (esq.) ajudou a construir o canil da FASC e adaptou seu "fusquinha" para carregar animais, alimentação e água
No dia a dia, sempre que chega para trabalhar, Fernanda é recebida com festa. Eles conhecem o barulho do carro, o cheiro da cuidadora, e, para ela, essa é a maior recompensa. “Os animais nos transmitem um amor incondicional que muitas pessoas não conseguem. Desde que foi criado esse vínculo, trabalhar se tornou algo muito maior do que o ‘simples trabalhar’. Quando a rotina se torna um pouco cansativa, eles conseguem nos desarmar e mandar embora qualquer mau humor com um abano de rabo ou com um olhar de carinho”, conta a servidora, ao destacar que, para o ser humano, basta querer essa entrega aos animais, pois eles estão sempre aberto a criar novos vínculos.

Os alunos da Larry, que fica no mesmo terreno da FASC, estão tão acostumados com os peludos que levam os seus para escola. Enquanto estão em aula, os animais os aguardam no pátio brincando com os demais, se reencontram no recreio para atenção, água e comida, e, depois, seguem de volta para casa. Fernanda já perdeu as contas de quantas vezes os jovens a ajudaram socorrer animais em condições de risco. "Uma vez apareceu um cão bem ruinzinho. Jogaram água quente nele, e, se não fossem os alunos a segurá-lo, pois estava muito traumatizado com a violência sofrida, não teríamos conseguido medicá-lo", lembra.  
Animais no trabalho melhoram relação entre colegasO Informativo SEDA já abordou este tema, mas é importante trazê-lo novamente ao debate, como forma de reduzir o número de animais abandonados. Quem não tem espaço em caso para adotar um mascote, abrigá-lo no ambiente de trabalho pode ser prazeroso tanto para ele como para os funcionários.
Uma pesquisa realizada pela Associação Americana de Produção de Produtos para Animais (APPMA, na sigla em inglês) mostra que a presença de um pet melhora o entrosamento entre colegas, aumenta a produtividade laboral e diminui a incidência de faltas. 

O estudo norte-americano aponta, ainda, que esta parceria traz, igualmente, benefícios para a saúde como a redução da pressão arterial, menores índices de stress e a melhoria da saúde mental e física.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.