segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Macabra conexão entre a crueldade oferecida aos animais e a violência contra as pessoas

"No sábado da semana passada, cometi meu primeiro assassinato. A vítima foi minha querida cachorra Sparkle. Nunca vou esquecer o uivo que ela deu. Pareceu algo quase humano. Então nós rimos e batemos mais nela". Esta frase foi extraída do diário de Luke Woodham, 16 anos, acusado pela morte da mãe e por ter matado a tiros dois colegas no Mississippi.

Brenda Spencer, outra colegial, costumava se divertir ateando fogo na cauda de cães e gatos e ninguém deu muita importância a isto até que ela matou duas crianças nos EUA.

O "serial killer" Jeffrey Dahmer costumava empalar sapos quando criança e "o estrangulador de Boston", Albert de Salvo, responsável pelo assassinato de 13 mulheres, era um especialista em armadilhas para animais.

Esses exemplos ilustram uma macabra conexão entre a crueldade oferecida aos animais e a violência contra as pessoas e autorizam especialistas como Allen Brantley, do FBI, a afirmar que maltratar um animal nunca é, apenas, um fato lamentável, mas sim um sério alerta de perigo.

Inúmeras pesquisas têm comprovado este vínculo de violência ("abuse connection") e não só em casos patológicos. Em New Jersey, por exemplo, 88% das famílias tratadas por conta de abusos contra crianças tinham histórico de agressão aos animais.Pesquisa com mulheres espancadas em Utah, demonstrou que 71% das que tinham animais de estimação relataram que seus agressores também os haviam maltratado. (Estes e outros dados em www.pet-abuse.com e nas dezenas de links sugeridos pela página).

Quando discutimos a educação das crianças, devemos dar atenção a este tema e incentivar todas as formas de cuidado para com os animais. Os efeitos benéficos serão sentidos não só pelos animais - o que já seria razão suficiente - mas também pela criança que estrutura seus valores morais.

Essa possibilidade já havia sido percebida por muitos pensadores desde os gregos antigos, até Shopenhauer, Nietzsche e Kant e valorizado por tradições religiosas como o budismo. Ocorre que nossa época parece ter incorporado uma insensibilidade radical diante do destino das outras formas de vida (o que também estimulará o tratamento dos seres humanos como objetos descartáveis).

Assim, as experiências com bichos continuam sendo feitas, a maior parte delas para testar cosméticos envolvendo, por exemplo, pingar substâncias químicas nos olhos de coelhos e medir a extensão dos danos.

Assim, convive-se com a estupidez de um mercado de produtos feitos com a pele ou o couro de animais selvagens; com a "caça esportiva" - um estranho esporte, assinale-se, onde uma das partes deve morrer para a diversão da outra, com as exibições de animais em circos, etc. Nada disso se compara, entretanto, com o tratamento oferecido às aves, bovinos ou suínos nas chamadas "fazendas industriais" de forma que se todos soubessem a história da carne que comem, penso que muitos perderiam o apetite (os interessados podem acessar, por exemplo, www.peta.org , onde há vídeos sobre as fazendas industriais).

Por estas e por outras, o que havia de carnívoro em mim, bate em retirada um tanto quanto envergonhadamente. Pelo motivo de Jeremy Benthan para quem, frente aos animais, a verdadeira questão não era a de saber se eles seriam capazes de raciocinar, mas sim se eles seriam capazes de sofrer. Se lembrarmos disto, muita coisa em nossa vida irá mudar, a começar por nossas refeições.
Fonte: http://www.bichoderua.org.br/2k8/pt-br/bicho_na_rede/bicho_completa.php?idConsulta=19ca14e7ea6328a42e0eb13d585e4c22

2 comentários:

  1. 2010. Cá entre nós, o Ser Humano continua a ter em seu interior a mesma maldade de séculos passados. A única coisa que mudou é a tecnologia que é utulizada para a realização das maldades.
    Com certeza quem judia, maltrata os bichnhos tem uma tendência a ser um psicopata, ou melhor, já é, mas de cometer crimes contra os sees humanos.
    Quano a comer carne sou suspeito. Não como nenhum tipo de carne desde 1988. Foi mais um caso espiritual do que escolha. Até ali adorava uma carne mal passada, mas de repente a repulsa foi total. Hoje, até o cheiro da carne me faz mal. Não vejo a necessidade de matarmos os bichos.
    Caça? Mais uma forma de demonstração da maldade do Homem, afinal é um ato totalmente covarde.

    ResponderExcluir
  2. Concordo plenamente com o cometário do Roberto, pois sempre pensei e acredito cada vez mais que quem maltrata um animal, com certeza faz o mesmo com um ser humano, são pessoas crueis, desumanas, sem piedade, desamorosas, pessoas vazias sem amor e descontam suas frustações nos animais, pois sempre entendi que qualquer animal que ataca é para sua prórpia defesa, é claro que como o ser humano há animais que são de natureza má, mas não justifica maltratá-los. Como falou Roberto são covardes. Vera Ferraz

    ResponderExcluir

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.