terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Égua percebe que companheira é cega e vira guia dela

PARA QUEM AINDA ACHA QUE ANIMAIS NÃO TEM INTELIGENCIA NEM SENTIMENTOS:
Égua percebe que companheira é cega e vira guia dela
Uma dupla virou sensação do santuário The Horse Trust, em Buckinghamshire (Inglaterra). A égua Tarna (marrom), que só tem uma vista, virou guia da companheira Angel, que é cega.

Tarna, que sofreu acidente e perdeu uma vista, leva Angel para todos os lugares e a mantém longe dos perigos. Também é Angel quem consegue alimentos para a companheira.

“A amizade delas é fora do comum. Como Tarna sabe que Angel é cega nós nunca saberemos. Ela guia Angel para todos os lugares. Elas estão juntas todo segundo, são inseparáveis”, disse Susan Lewis, diretora de marketing do santuário, segundo o site “Small World”. O Horse Trust funciona desde 1886.
tutor

O antigo tutor de Angel, o fazendeiro James Gray, foi punido severamente. Por negligência dele, a égua, deixada faminta, ficou cega. James recebeu multa equivalente a 1 milhão e meio de reais e nunca mais poderá criar cavalos.

Fonte: Page Not Found

A história de palito, comovente!!!‏

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Gatos: como conseguem voltar para casa depois de sumir?

A misteriosa volta dos gatos para casa depois de um longo período de ausência tem algumas explicações. Saiba quais são:

Alguns comportamentos dos gatos intrigam muita gente. Um deles é a capacidade de voltar para casa depois de desaparecer por algum tempo, mesmo quando o felino nunca tinha percorrido antes os caminhos que podem conduzi-lo até a habitação. Esses retornos ocorrem, por exemplo, com gatos que saem para dar uma volta e desaparecem por meses ou anos. Ou quando os donos, infelizmente, cometem o crime de abandonar o felino em algum lugar distante. Ou, ainda, quando os donos mudam de casa, o gato desaparece e é encontrado nas proximidades do antigo endereço.

Embora muitos acreditem que os gatos possuam capacidades extrassensoriais, existem pesquisas, observações e estudos que apresentam justificativas muito mais normais para esse fenômeno, as quais explicarei neste artigo.

Memória visual
A capacidade de observar o ambiente e de memorizá-lo é enorme nos gatos. São animais bastante visuais, capazes de reconhecer árvores, prédios, praças. Basta encontrarem algo que reconheçam para, a partir daí, conseguirem se orientar e voltar para casa.

Memória olfativa
Mesmo quando estão em um lugar onde não enxergam nada conhecido, muitos gatos conseguem voltar para casa, ajudados pela memória olfativa. Essa é a capacidade dos animais que mais nos impressiona, pois o olfato humano chega a ser ridículo quando comparado com o deles, inclusive do gato.

Casas, ruas, regiões, cidades, etc., possuem alguns cheiros específicos. Muitos desses odores podem ser reconhecidos pelos gatos e servir para orientá-los quando perdidos. São capazes de se guiar por cheiros conhecidos até chegarem a algum lugar que reconheçam visualmente, e, a partir daí, usarem a memória visual para completar o percurso.

Gatos que percorrem grandes distâncias durante o dia acabam conhecendo diversos cheiros da região e se familiarizando com eles. Mas mesmo os gatos que praticamente não saem de casa recebem uma enorme amostra dos odores existentes à volta deles, alguns trazidos de longe pela brisa e pelo vento. E, cada vez que o vento muda de direção, outros cheiros podem ser sentidos, dando a possibilidade de formar uma ampla memória olfativa.

Não basta reconhecer um cheiro para chegar ao lugar desejado. Depois de identificado o odor, é preciso saber para qual direção caminhar. Os gatos se deslocam de um lugar para outro e, assim, podem testar se a concentração do cheiro conhecido aumenta ou diminui, decifrando rapidamente de onde ele vem. Moléculas de determinados odores podem viajar por centenas de quilômetros e, se tiverem concentração suficiente para serem percebidas, poderão ser utilizadas para localizar o caminho procurado.

Influência do vento
Às vezes, o cheiro que o gato reconhece só chega até ele quando o vento sopra em um determinado sentido. Nesse caso, ele só conseguirá ir na direção de casa quando o vento colaborar - bastará uma pequena mudança na direção da brisa para ele se perder novamente.

Gato com múltiplos donos!

Muitos gatos demoram a voltar para casa por outros motivos, bem menos angustiantes para nós e para eles. Quando o felino não fica restrito ao ambiente interno da casa, costuma frequentar outros lares. Em vários casos, ele é alimentado e adotado também por diversas pessoas. Alguns gatos tomam café da manhã em uma casa, tiram uma soneca em outra e jantam em mais outra. Imagine que o seu gato não esteja com coleira de identificação e que um dos outros donos resolva prendê-lo dentro de casa para, por exemplo, evitar que continue se machucando em brigas na rua. Você achará que ele foi embora, morreu, etc.. Normalmente nem imagina que ele possa estar na casa do vizinho da rua de cima! Depois de alguns meses, o gato escapa ou resolvem deixá-lo passear. Aí, para sua surpresa, ele surge novamente.

Um gato mais poderoso no bairro pode restringir o acesso do seu, inclusive à sua casa. Se isso acontecer, o seu gato poderá ficar frequentando outros locais até o mandachuva morrer, perder o poder ou mudar de área.



Fonte: Revista Cães & Cia, n. 360, maio de 2009

http://www.caocidadao.com.br/artigos_gatos_lista.php













A BELA HISTÓRIA DE CANELO, UM CÃO QUE ESPEROU O RETORNO DE SEU DONO POR DOZE ANOS

Entre as centenas de belas histórias sobre o heroísmo e o amor dos animais aos seus donos, não poderia faltar aqui a bela história de Canelo, um cão que por 12 anos ficou esperando por seu dono na porta de um hospital. Enquanto que as pessoas, passados só algumas semanas ou meses da morte de algum parente, em seguida já nem se lembram, Canelo vem comprovar esse amor incrível e incondicional que os animais podem sentir por seus donos.

Como a história já é antiga e foi escrita várias vezes já não temos uma fonte imediata para mencionar. Em todo caso serve de referencia o jornal onde foi publicada cuja cópia aparece aqui e cabe ainda mencionar que nos foi enviada por Louisa Fry, de Portugal.

Eis a história

Canelo era um cão de um homem que vivia em Cadiz, Espanha. Era um mascote que seguia seu dono para toda parte e a todo o momento.

Este homem anônimo vivia só, por isso o bom cão era seu mais leal amigo e único companheiro. A companhia e o carinho mútuo os faziam cúmplices nos olhares e até nos gestos.

A cada manhã se podia vê-los caminhando juntos pelas tranqüilas ruas da cidade quando o bom homem levava seu amigo para passear. Uma vez por semana, um desses passeios era para o Hospital Puerta del Mar, pois devido a complicações renais o homem se submetia a tratamento de diálises.

Obviamente, como em um hospital não podem entrar animais, ele sempre deixava Canelo esperando-o na porta do mesmo. O homem saia de suas diálises, e juntos se dirigiam a casa. Essa era uma rotina que haviam cumprido durante muito tempo.

Certo dia o homem sofreu uma complicação em meio de seu tratamento e os médicos não puderam superá-la e ele faleceu no hospital. Enquanto isso Canelo, como sempre, seguia esperando seu dono deitado junto à porta do centro de saúde. Mas seu dono nunca saiu.

O cão permaneceu ali sentado, esperando. Nem a fome nem a sede o afastaram da porta. Dia após dia, com frio, chuva, vento ou calor, seguia deitado na porta do hospital esperando seu amigo para ir para casa.

Os vizinhos da região perceberam a situação e sentiram a necessidade de cuidar do animal. Faziam turno para levar-lhe água e comida, inclusive conseguiram a devolução e indulto de Canelo numa ocasião em que o controle de animais do município o levou para sacrificar.

Doze anos, assim mesmo como o lêem. Esse foi o tempo que o nobre animal passou esperando fora do hospital a saída de seu dono. Nunca se cansou, nem saiu em busca de alimento, tampouco buscou uma nova família. Sabia que seu único amigo havia entrado por aquela porta e que ele deveria esperá-lo para voltar juntos para casa.

A espera se prolongou até nove de dezembro de 2002, dia em que Canelo morreu atropelado por um carro nas cercanias do hospital.

Um final trágico, mas cheio de esperança para quem ama os animais e para quem acredita que mais além, todavia uma nova vida nos espera.

A história de Canelo foi muito conhecida em toda a cidade de Cádiz. O povo, em reconhecimento ao carinho, dedicação e lealdade de Canelo, colocou seu nome numa rua e uma placa em sua homenagem. (tradução)

Video em Homenagem ao Canelo

http://www.youtube.com/watch?v=In7fBbEnygM&feature=player_embedded

Fonte: Pag.do Facebook: Ajuda Quatro Patas

domingo, 5 de dezembro de 2010

Adolescente apedreja cão e é encaminhado à delegacia de polícia por maus-tratos

Um adolescente de 16 anos foi encaminhado por policiais militares à Delegacia de Polícia, em Itajaí (SC), depois de apedrejar um cachorro. O caso ocorreu no dia 29 de novembro no Bairro Vila Operária.

Segundo testemunhas, o garoto teria jogado pedras e pedaços de lajota contra o pequeno animal, que teve uma das pernas fraturadas.

Diante da agressão violenta, a tutora do cachorro chamou a polícia. O menor foi encontrado em frente ao colégio onde estuda. Ele foi autuado por ato infracional.

Fonte: http://www.anda.jor.br/

Coréia do Sul: Cães e gatos afetados pelo ataque da Coreia do Norte tratados por ativistas


Foto: Reuters

Grupos de defesa dos direitos dos animais têm estado a recolher cães e gatos esfomeados que perambulam pelas ruas da Coreia do Sul, muitos deles feridos, depois do ataque da Coreia do Norte, na semana passada, de acordo com a agência Reuters.

A Coreia do Norte alvejou dúzias de abrigos de artilharia na ilha de Yeonpyeong, no dia 23 de Novembro, provocando a morte dois militares e dois civis e deixando as casas em chamas. A maioria dos 1600 habitantes fugiu, deixando os animais domésticos para trás, mas vários ativistas têm estado a levar-lhes comida e cuidados médicos.

“Temos tratado vários cães com ferimentos de estilhaço bastante graves”, contou, na terça-feira, ao canal de televisão YTN, Park So-yeon, membro do Coexistence Animal Rights on Earth (CARE). “Também salvamos cães com as patas quebradas e cães pequenos de serem atacados por outros cães maiores”.

Os habitantes da ilha dizem que há cerca de 200 cães e gatos em Yeonpyeong. Ativistas dos direitos dos animais dizem que, até ao momento, já conseguiram cuidar de cerca de 50 cães e 10 gatos.

http://jn.sapo.pt/blogs/osbichos/archive/2010/12/02/c-227-es-e-gatos-afectados-por-ataque-da-coreia-do-norte-tratados-por-activistas.aspx






Donos com fome, animais também com fome

Devido à crise muitos já não conseguem assegurar alimento e tratamento dos animais, aumentando também risco de abandono

Joaninha - Missão adopção A crise económica está também a ser sentida pelos animais. Sem dinheiro para pagar os tratamentos veterinários ou mesmo para comprar comida ao seu animal de estimação, os donos vêem-se muitas vezes obrigados a pedir ajuda às associações dos direitos dos animais.

Depois de anos a lutar contra o flagelo do abandono dos animais, a presidente da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA) tem pela frente um combate «muito maior»: ajudar os donos dos animais a matar a fome dos seus cães e gatos e a garantir que estes vão ao médico, pelo menos quando estão doentes.

«As pessoas dantes pediam-nos descontos nos tratamentos clínicos ou, quando adoptavam um animal, ajudas pontuais na alimentação. Actualmente, ligam-nos em pânico porque têm o animal doente, mas não têm dinheiro para pagar o que quer que seja no veterinário. Nem às prestações», acrescentou.

Maria do Céu Machado confessa que já tem medo quando o telefone toca, pois sabe que do outro lado há-de estar um apelo dramático: «As pessoas ficaram sem emprego, ganham pouco ou nada e não conseguem suportar o custo das vacinas, dos tratamentos e até da alimentação. Nós, organizações, também estamos à beira do abismo, pois não temos dinheiro».
O maior receio da presidente da LPDA é que esta crise leve as pessoas a desfazerem-se dos animais e não são poucos os sinais disso mesmo que recebe diariamente.
«Há quem ameace abandonar os animais se não ficarmos com eles», contou, sublinhando que os canis estão cheios, mas vazios de meios para dar tanta resposta.

Maria do Céu Machado acha que só uma ajuda do Governo pode evitar o pior, defendendo por isso que o IVA nos tratamentos veterinários e na alimentação para animais desça dos 23 por cento.

«Os animais têm de comer e, se a alimentação se mantiver a estes preços, serão muitos os cães e gatos com fome, mas também os donos que, muitas vezes, deixam de comer para que nada falte ao seu melhor e, às vezes, único amigo».
Veterinários temem perigo para a saúde público»

Por outro lado, a Ordem dos Médicos Veterinários teme que o aumento das dificuldades dos donos afaste muitos animais dos consultórios que, quando a situação piorar, o abandono aumente e logo o perigo para a saúde pública.

Esta diminuição das verbas, explicou Laurentina Pedroso, reflecte-se num maior espaçamento entre idas ao veterinário, redução ou eliminação de alguns tratamentos, mas também num aumento do sacrifício daqueles a quem, normalmente, já custa tratar do seu animal.

«Os que vivem estrangulados com as dificuldades são os que mais sacrifícios têm de fazer para garantir cuidados de saúde aos seus animais, que muitas vezes são tudo o que têm na vida», disse a bastonária.

Para Laurentina Pedroso, o grande receio desta crise ao nível dos animais de companhia é o aumento do seu abandono, que já é um problema grave em Portugal.

«Algumas pessoas tentam deixar os animais nas clínicas, porque dizem que não têm meios de os sustentar, depois tentam nos canis. O que receamos é que, na falta de resposta, esta seja o abandono», sublinhou.

A bastonária alerta para «as graves consequências que um aumento substancial do abandono dos animais tenha, não só para os próprios, como para a população em geral».

«Animais abandonados, sem cuidados de saúde, são fontes de doenças para os humanos. Quando abandonados nas estradas, são potenciais causas de acidentes de trânsito», disse.

Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/tvi24-crise-animais-lpda-ordem-veterinarios-abandono/1215413-4071.html

Nota: Infelizmente isso não é previlégio só de Portugal.

  • 45,00A crise económica está também a ser sentida pelos animais. Sem dinheiro para pagar os tratamentos veterinários ou mesmo para comprar comida ao seu animal de estimação, os donos vêem-se muitas vezes obrigados a pedir ajuda às associações dos direitos dos animais.Depois de anos a lutar contra o flagelo do abandono dos animais, a presidente da Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais (LPDA) tem pela frente um combate «muito maior»: ajudar os donos dos animais a matar a fome dos seus cães e gatos e a garantir que estes vão ao médico, pelo menos quando estão doentes«As pessoas dantes pediam-nos descontos nos tratamentos clínicos ou, quando adoptavam um animal, ajudas pontuais na alimentação. Actualmente, ligam-nos em pânico porque têm o animal doente, mas não têm dinheiro para pagar o que quer que seja no veterinário. Nem às prestações», acrescentouMaria do Céu Machado confessa que já tem medo quando o telefone toca, pois sabe que do outro lado há-de estar um apelo dramático: «As pessoas ficaram sem emprego, ganham pouco ou nada e não conseguem suportar o custo das vacinas, dos tratamentos e até da alimentação. Nós, organizações, também estamos à beira do abismo, pois não temos dinheiro».

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Castrar ou não castrar - para quem ainda tem dúvidas sobre castração precoce

A clínica veterinária de pequenos animais lida com essa questão com grande frequência. Todos os dias há proprietários de gatos me procurando em busca de informações acerca da castração dos seus animais, tanto os machos quanto as fêmeas. Quais são as vantagens? E quais são as desvantagens?

Esse é um assunto muito amplo e eu pretendo abordar completamente em dois artigos.

Vamos falar sobre a castração no gato macho, com as dúvidas mais frequentes e comportamento sexual. Cabe falar também sobre as vantagens e desvantagens da castração, cuidados que devemos ter no pós-operatório e com o gato castrado pelo resto da sua vida. As mesmas dúvidas envolvem a castração da fêmea, bem como a importância dos hormônios, e as vantagens e desvantagens. Também abordarei o cuidado pós-operatório e a atenção especial dada à fêmea castrada.

Antes de falar sobre castração vamos conceituá-la. A contracepção cirúrgica é a retirada das gônadas. No macho a contracepção cirúrgica conta com a retirada dos testículos, por incisão no escroto. Na fêmea a cirurgia envolve a retirada dos ovários e cornos uterinos. A castração do macho então é conhecida por orquiectomia em bolsa (retirada dos testículos localizados na bolsa escrotal) e na fêmea chamamos de Ovário-salpinge-histerectomia (retirada de ovários, salpinge e útero) ou, para os íntimos, OSH. A contracepção cirúrgica da fêmea pode ser realizada pela retirada apenas dos ovários, entretanto muitos clínicos optam pela retirada dos cornos uterinos no intuito de evitar a ocorrência de doenças uterinas. A contracepção também pode ser realizada pela vasectomia ou ligadura da tuba de salpinge, entretanto o comportamento sexual do animal continua a ser expresso.

Vantagens e desvantagens:

Há muitas indicações para a castração em fase pré-puberal (antes da puberdade) e diversos estudos já foram conduzidos para avaliar as condições e consequências dessa prática. Havia a preocupação acerca da mobilização do sistema imune do animal castrado nessa fase, devido ao estresse causado pela cirurgia e anestesia, entretanto estudos em gatis foram realizados e gatinhos castrados nessa fase não estão mais propensos à infecções do que aqueles castrados na idade adulta (HOWE e OLSON, 2000). Hardie (2007) relata que em um estudo realizado em 859 gatos foi observada uma maior incidência do comportamento mais reservado, medroso, naqueles gatos castrados em fase pré-puberal quando comparados com gatos castrados em idade adulta, porém observou-se também uma menor incidência de asma felina, gengivite e hiperatividade nesses gatos.

Foi observada menor incidência do comportamento de marcação de território por urina em spray, brigas e passeios nos gatos machos castrados. Aqueles que foram castrados antes de 5,5 meses também apresentaram menor incidência de abscessos, agressão ao veterinário (isso é bom), comportamento sexual e marcação de território por urina em spray, quando comparados com gatos castrados em idade adulta (HARDIE, 2007). Então quando castramos o machinho espera-se que ele deixe de sair de casa para namorar, evitando-se assim as brigas com outros gatos e diminuindo com isso as chances dele contrair uma série de doenças infecto-contagiosas.

A castração também pode apresentar efeitos sobre o desenvolvimento da genitália externa. Em um estudo, gatas castradas às 7 semanas ou aos 7 meses apresentaram vulva infantil (menor que a vulva adulta), entretanto não há relatos de doenças como vaginite ou dermatite da região ao redor da vulva, devido ao tamanho da mesma, em gatas. A testosterona é responsável pelo desenvolvimento adulto do pênis, prepúcio e das espículas penianas em gatos. Foi observado que a exposição peniana, como procedimento veterinário, pode ser mais difícil quando o gato é castrado às 7 semanas ou aos 7 meses, devido ao menor desenvolvimento das espículas penianas (REICHLER, 2008).

A castração em machos previne doenças em epidídimo ou testículos, como torção testicular ou neoplasia, entretanto elas são bastante raras em gatos.

As desvantagens na castração envolvem a própria esterilização do animal. Após esse procedimento ele não estará mais apto a reproduzir.

Diversos estudos também já foram conduzidos no intuito de verificar se há correlação entre a castração precoce e o desenvolvimento da FLUTD (Doença do trato urinário inferior felino). Não foi evidenciada a correlação entre o aparecimento da FLUTD e a castração em qualquer idade. Entretanto quando considerados os grupos de gatos castrados e OBESOS, o risco do desenvolvimento de FLUTD foi maior.

Embora a obesidade possa ocorrer em gatos castrados ou não, há estudos que mostram que gatos castrados apresentam 3,4 vezes mais chances de se tornarem obesos, quando comparados com gatos inteiros. A obesidade não é necessariamente uma consequência da castração, entretanto é importante controlar o peso de animais castrados. A obesidade pode ser prevenida com simples ações como a administração de alimentos com menor quantidade de gordura e em refeições controladas. A prevenção da obesidade é importante para se evitar doenças decorrentes da mesma, como a diabetes melittus, e também evitar os efeitos negativos na expectativa de vida. O paciente castrado possui as mesmas necessidades energéticas que um paciente não castrado, para manutenção da vida. Entretanto o gato castrado, por ter inibido o seu comportamento de atividade sexual, pode se tornar mais sedentário. Isso não é uma verdade para todos os gatos, apenas uma possibilidade. É recomendado que o paciente castrado faça uso de uma ração apropriada para animais castrados.

Estudos mostram que a castração precoce não tem influência no crescimento dos animais, porém há sim um retardo no fechamento da placa fiseal (placa de crescimento do osso). Em gatos castrados precocemente foi observado um comprimento cerca de 13% maior do osso rádio devido a esse retardo. Entretanto a susceptibilidade à fraturas também é maior nesses casos, principalmente quando há obesidade associada.

Segundo Reichlerproprietário do animal castrado, quando comparado à grande parte dos proprietários de animais inteiros.

Procedimento cirúrgico no gato macho:

O gato a ser castrado deve ser avaliado criteriosamente pelo veterinário para a estimativa do risco anestésico. Pacientes jovens e saudáveis, que não apresentam doença sistêmica, como problemas renais ou hepáticos, possuem um risco anestésico baixo. Fatores que aumentam o risco anestésico são idade maior que sete anos e doenças concomitantes.

Claro que quando decidimos castrar nosso gatinho não vamos levá-lo em uma situação crítica ameaçadora da vida. Geralmente o paciente da castração eletiva está saudável, se alimentando bem, com vacinas e vermifugação em dia. Então serão realizados exames pré-operatórios no gatinho para avaliação da condição física e escolha do protocolo anestésico mais seguro.

Por ser um procedimento rápido, alguns clínicos optam pela anestesia geral ou sedação de curta duração, cerca de 20 a 30 minutos, e um bloqueio anestésico local, visando a analgesia (ausência da dor) durante o procedimento. A incisão é realizada no escroto e túnicas que envolvem o testículo. Posteriormente há uma ligadura no plexo que irriga os testículos e no canal deferente. Há então a retirada das gônadas e geralmente a incisão do escroto não é suturada. Não se assustem porque o corte fica aberto sim. Essa região é bastante irrigada e geralmente quando há sutura da pele pode haver bastante edema (inchaço).

Por ser uma cirurgia pouco invasiva, alguns clínicos evitam usar antibiótico oral no pós operatório, apenas o anti-inflamatório e spray ou pomada cicatrizante. Entretanto o uso de antibiótico via oral por cerca de sete dias pode ser necessário. O spray ou pomada devem possuir na sua composição susbtâncias que promovam a cicatrização e evitem uma infecção local. Não é recomendado o uso de spray ou pomada com anti-inflamatórios esteróides pois esses vão retardar a cicatrização.

As orientações pós operatórias imediatas envolvem a administração dos medicamentos para evitar uma infecção, para controle da dor e para cicatrização da lesão. Geralmente o gato lambe tudo que for colocado ali então o uso de colar elizabetano por, ao menos, 3 dias pode ser recomendado.

Muitas dúvidas ainda podem surgir acerca da castração do gato macho. É importante que todas elas sejam esclarecidas antes do procedimento. O veterinário responsável pelo seu gatinho deve estar sempre à disposição para responder o que for necessário.

Eu tenho três gatos castrados, todos eles precocemente (aos 5,5 meses). E agora mesmo estão me rodeando para saber sobre o que estou escrevendo. Claro que o macho está se gabando por ter seu “sexo” tratado do primeiro artigo, mas como as fêmeas são maioria aqui em casa, ele está bem quietinho, não provocando a paciência delas.

É isso aí, daqui a 15 dias eu volto falando daquelas que também são castradas, exigem mais cuidado pós operatório e são mais do que especiais, as FÊMEAS (pronto, gatinhas, não precisam ficar com ciúmes).

Até mais!

Alice Albuquerque
diarioveterinaria.blogspot.com
twitter: @alicevet
http://www.tudogato.com/2010/10/castrar-ou-nao-castrar-dia-de.html#comment-form

CASTRE SEU GATO MACHO E EVITE NINHADAS NAS RUAS/CASAS VIZINHAS!

Ouvimos, com certa frequência o argumento: "não vou castrar meu gato, afinal,ele é machinho e não terá filhotes".

As pessoas que pensam assim, esquecem que o gatinho, se tiver acesso à rua, irá 'namorar' muitas gatinhas dos vizinhos e, deixar inúmeros herdeiros.
Assim, estamos realizando uma super promoção no segundo sábado de dezembro.

Neste dia, serão abertas vagas, a um custo inferior ao praticado pela clínica parceira do PCAD, a fim de conseguirmos castrar o maior número de felinos possível!
Data: 11.12.2010 (sábado)
Público alvo: somente felinos machos
Valor: R$ 35,00
Agendar: (51) 8437.37.60 / (51)3387.9329 /projetocastracao@yahoo.com.br.
Para agendar por e-mail: enviar nome e telefone de contato, mais os dados do felino (nome e idade).
Horário: das 9h30 às 17h

Por favor, repasse para seus contatos!
www.pcad.com.br

Agendas da Chicote Nunca Mais já podem ser encomendadas‏

As tradicionais agendas produzidas pela ONG Chicote Nunca Mais ficarão prontas no dia 15 de dezembro, mas as encomendas já podem ser feitas pelo fairde@gmail.com. Com impressão de qualidade e ilustradas com belas imagens de eqüinos, constituem-se em excelente opção de presente consciente para o Natal, como brinde de fim de ano para funcionários e amigos, ou mesmo para distribuir para familares e conhecidos. A renda integral é revertida para o trabalho de socorro aos cavalos de carroça e demais atividades da Chicote Nunca Mais.