Mais de 100 pessoas participaram, em 7 de outubro passado, do II Fórum sobre Políticas de Proteção aos Animais Domésticos. O encontro, promovido pela Secretaria Especial dos Direitos Animais (Seda) de Porto Alegre, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Escola de Gestão Pública (EGP) e Procempa, debateu a socialização de cães bravios, direitos animais, deveres humanos, educação em saúde e controle reprodutivo de animais domésticos.
Ao final do encontro, os participantes responderam um questionário, elaborado pela Seda, a respeito das palestras e organização. O fórum recebeu nota 8,94 e total apoio para que os direitos animais sejam uma causa comum. "No primeiro fórum definimos uma série de importantes providências, como a criação da Secretaria Especial dos Direitos Animais. Ousamos e gradativamente estamos avançando, contando com a acolhida de grande parcela da população que compreendeu o significado da iniciativa", afirmou o prefeito José Fortunati.
Entre as várias ações da Seda destacadas pela primeira-dama Regina Becker, voluntária responsável pela Pasta, está o convênio com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) para tratamento clínico, procedimentos pré-operatórios e esterilização de cães, gatos e cavalos que vivem em comunidades carentes da Capital. “Este projeto tem dois objetivos: saúde pública e educação. A partir de agora nosso trabalho terá caráter científico que possibilitará um levantamento do número de animais que vivem nas ruas, e quais suas reais condições de sobrevivência, um acompanhamento de saúde e a castração para evitar a superpopulação na Capital”, destacou Regina Becker.
Maus tratos é crime
A professora da Faculdade de Veterinária e coordenadora da Comissão de Pesquisa da UFRGS Liris Kindlein, uma das palestrantes do evento, disse que foi a prefeitura quem deu o primeiro passo e procurou a UFRGS para apresentar o projeto. A intenção, segundo ela, é de que este seja um transformador cultural para combater os maus tratos e reduzir os problemas de saúde e de saneamento.
O desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Carlos Roberto Lofego Canibal, enfatizou que a Seda deve servir de exemplo ao país e propôs o debate sobre uma nova lei que conceda incentivos à ONGs, pessoas físicas ou jurídicas que colaborarem para o bem-estar dos animais. A Lei 9.605/98, que trata dos crimes ambientais, prevê penas que variam de três meses a um ano de prisão para quem cometer maus tratos. “Nenhum animal faz o que o ser humano faz com ele”, lamentou Canibal. Nas fotos, os palestrantes do II Fórum Animal: o desembargador Carlos Roberto Lofego Canibal, o adestrador Cláudio Pinheiro Júnior e a professora de Veterinária Liris Kindlein, respectivamente.
Já o integrante da equipe do Projeto Ressocializa (SEDA/ PMPA), Cláudio Pinheiro Júnior, alertou que a educação é a melhor forma de interação e prevenção aos ataques dos animais, principalmente os domésticos. “O processo de educação deve começar quando eles nascem e como devem interagir com a sociedade. Isso se chama posse responsável e trata-se de questão de saúde pública”, disse Pinheiro.
Fonte: Boletim Informativo da SEDA
Fonte: Boletim Informativo da SEDA
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