Por Patrícia Xavier (Jornal Contacto – principal veículo da comunidade lusitana)
A segunda edição daConferência Internacional dos Direitos Animais ocorreu entre os dias 13 e 16 de setembro em Esch/Alzette no Centro Cultural Kulturfabrik, local em que existiram, ironicamente, edifícios de um matadouro.
Ativistas do mundo inteiro estiveram reunidos trocando experiências, ideias e informações sobre inúmeros aspectos relacionados aos direitos dos animais. Varios projetos, debates, exposições, palestras e documentários foram apresentados por especialistas no tema.
Ao todo foram 40 palestrantes vindos de 20 países e, segundo Fabienne Origer, presidente da ONG organizadora do evento, Save Animals, este ano o número de participantes aumentou consideravelmente. “Neste ano tivemos por volta de 300 participantes, o dobro do ano passado e o evento é uma ótima oportunidade para conectar e expandir a conscientização dos direitos dos animais mundo afora”.
Vários palestrantes e representantes lusófonos marcaram presença. A brasileira Bianca Salles Dantas, realizadora audiovisual, produtora, editora e diretora documentarista, que fundou em 2009 na cidade de Curitiba a 1ª Mostra Internacional de Cinema pelos Direitos dos Animais fez uma apresentação sobre o cinema animalista. Outros palestrantes brasileiros também estiveram presentes como Carlos A. Bedin do grupo GEDA (Grupo de Estudos dos Direitos Animais) e George Guimarães, presidente da ONG VEDDAS (Vegetarianismo, Defesa dos Direitos Animais e Sociedade).
O português Jorge Ribeiro que veio do Porto, representante do partido PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza) desde 2009 acredita que os animais são vítimas esquecidas, completamente abandonadas à sua sorte. São vítimas sem voz e sem defesa e compara a escravidão humana à escravidão animal: “Infelizmente a sociedade ainda tem a mentalidade de que os animais foram criados para servir ao homem e nós que lutamos pelos direitos dos animais estamos avançados no tempo. O que acontece com os animais atualmente é como o que acontecia no tempo da escravidão. Naquele tempo era impensável imaginar que eles teriam os direitos que têm atualmente”.
ANDA
O ponto alto da parte lusófona ficou por conta da ANDA (Agência de Notícias de Direitos Animais). A ANDA exerce um papel fundamental dentro do movimento dos direitos dos animais em todo mundo que é de informar em larga escala o que acontece com os animais vítimas da exploração humana. Através do conteúdo atualizado minuto a minuto também incentiva a sociedade a tomar novas atitudes em defesa dos animais. Com 3 anos e nove meses de existência, a ANDA tem cerca de 20 mil visitas por dia em 80 países. O Brasil lidera o ranking de acesso seguido por Portugal com 25 mil acessos por mês. A fundadora Silvana Andrade e o editor Lobo Pasolini falaram da importância do papel da imprensa no comportamento da sociedade. “Nos acreditamos que a falta de informação gera preconceito e discriminação e a imprensa é extremamente importante para alcançar os direitos dos animais” .
*Os jornalistas da ANDA viajaram a convite da TAM.
*Os jornalistas da ANDA viajaram a convite da TAM.
Fonte: http://www.anda.jor.br/
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