
Durante muito tempo, a partir de 1950, os gaúchos conviveram nas ruas ou por meio de programas radiofônicos com a figura carismática de Palmira Gobbi, que se destacou na defesa intransigente dos animais. Polêmica devido ao seu estilo incisivo, a protetora de pássaros, gatos, cães, cavalos e outros bichos não media as palavras na defesa de sua causa. Xingava o dono de animal esquecido no sol e ameaçava até mesmo dar de relho quando surpreendia carroceiro batendo em cavalo.
Dona Palmira, como ficou conhecida, fundou e presidiu a Associação Rio - Grandense de Proteção aos Animais (Arpa), que funcionou nos altos do Mercado Público, em Porto Alegre. Mais tarde, a entidade chegou a criar um hospital veterinário destinado a curativos, cirurgias e medicação em nível ambulatorial. A devota de São Francisco de Assis deixava de lado qualquer resquício de dureza diante dos animais, a ponto de chorar quando via algum ser maltratado, e abrigou muitos em sua própria casa até morrer, em novembro de 1979. Hoje, é lembrada como nome de rua e do minizôo do Parque Farroupilha.
Muitas das organizações não governamentais surgidas depois se inspiraram nela, mas nenhuma chegou a ter uma personalidade tão forte e tão polêmica no comando.
Matéria e foto publicadas na Zero Hora de 25 de fevereiro de 2005, Coluna Almanaque Gaúcho, página 54.
Eu tive a honra de conhecê-la pessoalmente e ser sua vizinha quando ela morava no Bairro Menino Deus, na Rua Costa.
Grande mulher!
Você morou no Menino Deus Arlene? Eu morei quando pequeno na Getúlio Vargas, perto do Cinema Marrocos. É..estudei no Presidente Roosevelt, e depois ainda 1 ano no Infante.
ResponderExcluirDona Palmira não conheci pessoalmente, mas pela imprensa soube sempre do trabalho dela.
Eta mundinho pequeno, eu adorava ir aos domingos no Marrocos com a turma.
ResponderExcluirBem mais tarde fiz estágio no Infante Dom Henrique.
Tempos bons aqueles!