O lançamento do livro Sissi e Sua Turma no Futuro, da escritora gaúcha Sinara Foss, neste sábado, 16, durante a programação do Estilo Bicho 2011, será prestigiado pelo prefeito José Fortunati e pela primeira-dama Regina Becker. Os exemplares serão autografados das 14h às 16h, no Átrio do shopping Bourbon Country, 3º andar. Com linguagem acessível ao público infanto-juvenil, a obra também agradará adultos, especialmente os preocupados com as consequências que as ações atuais da humanidade terão sobre o Planeta. A história remete os animais, através de uma lareira mágica, ao ano de 2050. Este novo romance levanta um tema importante e urgente: a preservação do meio ambiente e das espécies animais e vegetais.
Na ocasião, Sinara também lançará a segunda edição de Memórias de Um Cachorro Velho. O livro é narrado pelo cachorro Xôlo, que conta sua história desde o nascimento em uma fazenda, as dificuldades que passou, até a velhice tranquila, após ser adotado por uma família que amava os animais. A obra desperta nos leitores a compreensão e empatia com as alegrias e os sofrimentos dos animais.
Confira a entrevista com a escritora Sinara Foss, divulgada no site www.bichoderua.org.br, em que ela fala sobre seus livros e o envolvimento com a causa animal
Como a Sissi entrou na tua vida?
Sinara: A Sissi entrou na minha vida há 13 anos, quando ainda morávamos em Porto Alegre. A Isadora, minha filha mais velha, pediu um filhotinho da Bolinha, cachorra da vizinha da minha mãe em Santo Antônio. Quando os filhotinhos nasceram, a Isa escolheu a amarelinha com estrelinha na testa. A Sissi ficou uns seis meses morando com a minha mãe, até que nos mudássemos para Santo Antônio definitivamente. Hoje, Sissi é a mais velha dos cães. Ela é uma gordinha castrada e muito saudável. Estamos atualmente com oito cães aqui em casa.
Como você se envolveu com a proteção animal?
Sinara: Nem sei ao certo. Sempre gostei muito de animais. Quando criança repartia a cama com gatinhos na casa da minha avó que morava no interior. Chorava quando via brigas de cães, quando o vô "carneava" porcos ou gado. Sempre achei triste e injusto. Desde criança formulei a ideia de que os animais deviam ser respeitados, assim como as pessoas. Sempre defendi cães e gatos dos vizinhos e os cães e gatos da rua, mas meu primeiro resgate foi mesmo o Xolo, história que conto no livro Memórias de um Cachorro Velho. Envolvi-me aos poucos, cada vez um pouco mais até que agora estou nessa. Sou daquelas de bater boca e discutir com todos, desde autoridades até carroceiros.
A vida de escritora começou quando?
Sinara: Na minha cabeça começou na segunda série quando eu tinha sete anos e comecei então a fazer “redações”. Mais tarde lia livros e diários. Gostava muito de Kafka, Goethe. Sonhava então que um dia meus pensamentos e ideias fossem compartilhadas como as deles. Imaginava que pessoas liam e compartilhavam minhas ideias. Meu lugar favorito sempre foi uma biblioteca , desde a escola. Por horas ficava sentada no chão entre as prateleiras de livros lendo. Aquele era o ambiente que eu me sentia mais a vontade. Sempre sonhei em escrever. Escrevo porque gosto, porque preciso. É uma necessidade para mim assim como outras que são básicas.
Como a família encara o teu envolvimento com a causa animal?
Sinara: Elas acham que me envolvo demais. Que perco tempo, que gasto um dinheiro que não tenho. Que eles fazem muita sujeira, que estragam as coisas, que me sujo, que estragam meu carro. Que também crio inimizades com as pessoas. Mas não consigo evitar. Não posso ver um gato ou um cão, cavalo ou qualquer outro animal precisando de ajuda e virar as costas. Não consigo!
Por que escrever para crianças?
Sinara: Não aconteceu assim”Vou escrever para crianças, por essa e aquela razão...” Comecei a escrever o que vinha na minha mente e saiu. Não foi nada premeditado. Acho que escrevo para a criança que existe em mim, a criança que não cresceu. Ou a que não quis crescer... Por outro lado, parece que as crianças estão mais abertas. Penso que se ensinarmos a criança logo cedo, ela poderá inclusive influenciar seus pais a mudarem com relação aos animais. Se a criança tiver boas idéias e cuidar dos animais, no futuro poderá educar bem seus filhos sobre como realmente os animais devem ser tratados. Que os animais assim como nós tem sentimentos, sofrem, tem fome, frio, amam, ficam doentes... Por que então tratá-los como inferiores? Não consigo entender!
Como surgiu a idéia de escrever sobre a Sissi?
Sinara: Há tempos atrás escrevi sobre o Xolo, meu primeiro resgate. Tenho ideias de todos aqui de casa, até porque cada um tem uma personalidade, um jeitinho. A Sissi é uma cachorrinha que presta muita atenção no que a gente fala. Fica sentadinha perto quando a gente toma chimarrão. Ela escuta tudo. Parece que presta atenção! Por várias vezes notei que quando falávamos sobre fatos ruins de cães ela saia de perto como se não quisesse ouvir. E o mais interessante são as corridas que ela dá pelo pátio, as quais eu inventei que ela corre pra esquecer, para tirar pensamento ruim da cabeça!
Se você pudesse plantar esperanças, onde você jogaria as sementes?
Sinara: A esperança são as crianças... adultos de amanhã. Por isso “Sissi em Busca de um Mundo Melhor”. Tenho esperança de que ensinando as crianças o futuro poderá e deverá ser melhor. As minhas filhas são boas para os animais, porque assim foram ensinadas. Se todos os pais fizessem como eu. Quando a Isa nasceu eu tinha a Fofinha no apartamento. Em nenhum momento pensei em separá-las. A Fofinha cuidava da Isa mais do que muita babá. Teve um dia que a Fofinha "sumiu" dentro do apartamento e fui encontrá-la no berço da Isa, então com poucos dias de vida, deitada, cuidando.
Quais aventuras a Sissi reserva para seus fãs?
Sinara: Trabalho atualmente nesta coleção Em Busca de Um Mundo Melhor, que começou com o “Divagações de Sissi” e “Sissi no Futuro”. O terceiro livro será “ As Divagações Continuam”, em que a Sissi e a turma contarão fatos aqui de casa. O quarto livro será “Uma Aventura na África”, em que eles vão parar em KIBERA, a maior favela do mundo, e se depararão com a pobreza humana e se emocionarão muito. Ainda estou escrevendo o livro cinco, “Sissi no Passado”, mas já comecei o sexto “Sissi: Muitos Causos”, em que relato os últimos acontecimentos e resgates.
Fonte: COMPPAD - comppad@gp.prefpoa.com.br
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